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Palavra do Padre Rodrigo Maria

Qual a diferença entre um Católico Tradicional e um “RadTrad”?

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MOVIMENTO TRADICIONAL CATÓLICO E TRADICIONALISMO SECTÁRIO:
Alguns critérios para distinguir um adepto da Tradição de um membro de seitas sectárias (radtrad)

1- Quem não aceita e não se submete ao Magistério da Igreja não é mais Católico, seja tradicionalista ou progressista, mas membro de uma seita, cujos adeptos deixaram a condição de filhos da Igreja para se arvorarem em juízes da mesma… exatamente o que fez Lutero, Leonardo Boff e Cia;

2- Há movimentos tradicionais que são totalmente católicos, pois respeitam e aceitam a autoridade do Magistério, razão pela qual embora prefiram a missa Tridentina, não renegam a validade, nem a sacralidade da Missa Nova; embora tenham críticas ao Concílio ou à falta de precisão em algumas partes de seu texto, não dizem que em si seja algo mal, mas o reconhecem como 21° Concílio Ecumênico promulgado de modo válido pela autoridade da Igreja;

3- Reconhecer a validade ou bondade do Concílio Vaticano II, não significa aprovar ou concordar com as falsas interpretações e a revolucionária aplicação do mesmo que se seguiu no período pós conciliar o que muito contribuiu para mergulhar a Igreja nessa profunda apostasia que hoje presenciamos, mas significa tão somente reconhecer que o Concílio e seu texto PODE e DEVE ser interpretado dentro da contínua Tradição da Igreja, de modo que, qualquer interpretação que fuja disso, deixa de ser Católica;

O Concílio Vaticano II não é dogmático.

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Embora possua Constituições Dogmáticas, o mesmo se declarou Pastoral, sendo assim passível de equívocos e portanto de críticas construtivas, conforme a palavra de Bento XVI.
O fato de ser criticável, especialmente em alguns pontos ambíguos de seu texto e em algumas análises que eram circunstânciais e sobretudo em sua posterior aplicação prática, não tira sua sacralidade e sua catolicidade, pois existe uma interpretação correta para o texto dentro da Tradição contínua da Igreja.

Há um modo correto e Católico de se ler o texto conciliar. Isso se chama “Hermenêutica da Continuidade”.

É desonesto tomar uma falsa interpretação do Concílio dada pelos modernistas adeptos da hermenêutica da descontinuidade e atribuí-la a Igreja acusando-a de promover o erro através do Concílio, quando na verdade aquela NÃO é a interpretação da Igreja, nem foi a intenção dos padres conciliares em sua grande maioria.

Foi contra essa falsa interpretação e contra a injusta crítica que Bento XVI tantas vezes falou.

Portanto quando a Igreja afirma que a rejeição da autoridade da Igreja te faz deixar de ser católico é a isso que se refere.

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O que todos nós devemos aceitar do Concílio é o que o Igreja ensinou e não a caricatura que progressistas e/ou tradicionalistas sectários apresentam.

-Não é verdade que o Concílio defenda o Ecumenismo relativista, essa é a errônea interpretação dos progressistas e também dos tradicionalistas sectários;

O Concílio NÃO relativiza a verdade de que a Igreja Católica é a única fundada por Nosso Senhor… O eterno “Extra Eclésia nula Salus”, ao contrário reafirmam os detratores, está afirmado com todas as letras na Constituição Dogmática Lumen Gentium que ensina que os que sabendo que essa é a verdadeira Igreja de Cristo, nela não entrarem ou nela não perseverarem não poderão se salvar;

Os padres conciliares ao falarem da “liberdade religiosa” tinham em mente a Igreja que estava privada de se manifestar e estava sendo perseguida em Estados totalitários comunistas, não a aprovação da ideia de que o Estado tem que reconhecer todo e qualquer culto;

E assim vai…

Portanto uma coisa foi o que os padres conciliares quiseram dizer e a Igreja aprovou e outra foi a interpretação que foi dada posteriormente e que, infelizmente acabou prevalecendo na maioria dos lugares…

O único remédio para que isso não acontecesse seria a Hermenêutica da Continuidade, a interpretação do Concílio dentro da doutrina católica de sempre. Mas como se sabe essa corrente não prevaleceu..

É falso dizer que a disciplina atual e também a Missa Nova se basearam em uma “areia movediça”. O que a Igreja sempre acreditou continuou sendo a mesmíssima coisa, com mudanças apenas no que é acidental.

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Mas não seria o Concílio passivo de ser rejeitado devido os vários pontos dúbios de seu texto?

Evidentemente que NÃO, pois como já foi dito, a falsa interpretação nunca foi a doutrina da Igreja, mas a de seus traidores ou detratores.

Se queremos ajudar deveríamos fazer ver que, após o Concílio, a interpretação que a maior parte dos padres e bispos deram ao texto do Concílio foi falsa, não correspondendo a intenção da Igreja e da maior parte dos padres conciliares.

Não se pode negar essa fraqueza do texto que é ambíguo em muitos pontos e não claro em outros, se prestando a confusões e falsas interpretações, razão pela qual é tão criticável. Mas por outro lado não podemos absorver a falsa interpretação e rejeitar o Concílio como um todo por conta disso, pois nesse caso, o que entra em questão, mais do que o texto em si, é a autoridade da Igreja que o aprovou, de modo que rejeita-la é deixar de ser católico.


4- Reconhecer a validade e a sacralidade da Missa Nova, também não significa ignorar a infiltração maçônica ou a presença de protestantes na qualidade de observadores na Comissão de elaboração do Novus Ordo, mas significa não ignorar que também havia ali homens doutos e santos e que a Igreja ao aprovar e instituir o Novus Ordo não o fez convalidando qualquer intenção maligna ou herética de seus inimigos; significa enfim, o reconhecimento que a Igreja estabeleceu um rito, que é também, o oferecimento do verdadeiro Sacrifício do Calvário.
O fato de se admitir, e mesmo lutar, para que este possa ser revisto afim de se modificar algumas partes para significar ou explicitar melhor a percepção do Sacrifício, em nada muda a verdade de que a Missa Nova é também o Santo Sacrifício do Altar;


5- Quem não aceita a autoridade da Igreja que promulgou o Concílio e estabeleceu o Novus Ordo, não é mais Católico.

Se negamos a sacralidade ou a validade de um rito instituído pela Igreja (seja o Antigo, o Novo ou qualquer outro), rejeitamos a autoridade que estabeleceu todos os ritos, caindo um exclusivismo sectário que não é Católico.

Evidente que aqui não nos referimos aos preferem ir a Missa Tridentina, ainda que apenas a essa, mas não desprezam o Novus Ordo, nem o têm em conta de inválido ou herético, mas o reconhece como um dos muitos ritos estabelecidos pela Santa Igreja.

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O problema não são as críticas, das quais a Missa Nova (mas não apenas este Rito) é passível, mas na rejeição de sua validade ou sacralidade, assim como a não aceitação de que a Igreja tem autoridade para criar ou modificar ritos…

Se o Novus Ordo fosse ruim o Papa Bento XVI não o celebraria, assim como outros homens íntegros na fé como Cardeal Robert Sarah, Cardeal Burke, Cardeal Carlo Cafarra, Dom Atanasius Schneider e tantos outros… ou eles não celebram a Missa Nova?

Há cite a Bula “Quo Primum” de São Pio V para dizer que ali foi determinado que o Rito Tridentino era irretocável in eternum…

Ignoram esses que um Rito não é um dogma de fé e que o Papa tem poder não apenas de ligar, mas também de desligar, razão pela qual o próprio Concílio de Trento afirma que somente a Igreja tem autoridade para estabelecer um rito.

Antes de Paulo VI, o grande Papa São Pio X já havia modificado o Rito Tridentino, ainda que muito pouco, assim como João XXIII, pois a Igreja tem autoridade para tal… se isso foi o melhor ou não é outra discussão…


6- Os tradicionalistas sectários que só aceitam a missa Tridentina, não são católicos, pois caíram na “ritolatria”…
adoram um rito e não a Jesus Cristo que em todos os ritos aprovados pela Igreja se faz presente;

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7- A característica mais evidente das seitas, sejam elas quais forem, é o fechamento em si mesmas e o desprezo a todos os que são diferentes,
ainda que legitimamente diferentes.
Desprezam a autoridade estabelecida e seguem determinados “gurus” que se tornam para os membros da dita seita mais infalíveis que o Sagrado Magistério…

Ora, a coisa mais absurda nas seitas tradicionalistas é o fato de desprezarem a autoridade da Igreja e mesmo a Lei de Deus, para seguirem seus próprios preceitos…

Esses indivíduos(as) têm convencido muitas pessoas, especialmente jovens mal formados na fé da Igreja, a deixarem de observar o preceito dominical a pretexto de que a Missa Nova não é válida ou é herética… Tenho visto muitas pessoas ficarem sem Confissão e sem a S.S. Eucaristia por causa da irresponsável orientação dos membros dessas seitas. Muitos desses têm vivido em pecado mortal porque não se confessam com “padres modernistas” (ou seja, qualquer um que celebre a missa Nova), permanecendo no perigo de assim morrerem e irem para o quinto dos infernos por conta dessa estupidez…

Outros têm se crismado de novo, alegando que a Crisma no Novus Ordo não é válida…

Quanta loucura!!!

Os líderes dessas seitas e todos quantos têm afastado as pessoas da graça de Deus e da unidade com a Santa Igreja, por conta dessas falsas ideias, terão que responder perante Deus pelos que arrastaram para a desgraça a pretexto de “guardar a pureza da ortodoxia”.

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8- Os membros das seitas utilizam-se frequentemente de mentiras, falsificações, distorções e de muitas outras fraudes para arregimentar e convencer seus adeptos.

Nesse quesito são exatamente iguais ou piores do que muitos grupos protestantes: observam os muitos erros e abusos que acontecem e colocam tudo na conta da Igreja, como se a mesma concordasse ou promovesse os abusos e heresias vigentes…

Entre eles há sempre essa desonestidade intelectual.

Há também os idiotas úteis que repetem, como papagaios os mesmos erros, porém com boa vontade, uma vez que foram convencidos por algum membro da seita de que aquela falsa doutrina é a verdade;


9-
Não é rejeitando a autoridade do Magistério da Igreja que iremos resolver a situação caótica na qual nos encontramos.

Somente os santos colaboram para uma verdadeira restauração da Igreja… basta ver a história para comprová-lo… porém, JAMAIS HOUVE UM GRANDE HOMEM OU MULHER QUE TENHA SE SANTIFICADO FORA DA IGREJA.

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Aconteça o que acontecer devemos estar na Igreja, nela sofrer e por ela lutar.

Quem não aceita a autoridade da Igreja, se coloca fora da mesma… não é possível ajudar a salvar a Igreja estando fora dela.

10- Membros de seitas tradicionalistas estão entrando nas redes sociais em grupos católicos, especialmente de consagrados a Nossa Senhora, para disseminarem essa ideias errôneas e conquistar novos adeptos; *assim fazem pelo fato de que, normalmente os consagrados são pessoas que amam a Tradição: O latim, o véu, a modéstia, a missa corretamente celebrada (seja Tridentina ou Nova), que aliás, é algo da Igreja e não propriedade de seitas tradicionalistas. Entretanto a grande maioria destes consagrados não têm suficiente formação para compreender a problemática atual na qual se encontra a Igreja, de modo que são facilmente envolvidos e confundidos pelos membros das seitas.

Toda essa situação tem sido bem aproveitada pelo diabo para prejudicar a tão necessária difusão da Total Consagração, uma vez que algumas pessoas consagradas, assumindo as falsas ideias de seitas tradicionalistas começam a atacar a Igreja, a rejeitar a Missa Nova e o Concílio Vaticano II, a faltarem a missa por e rejeitarem os demais sacramentos celebrados no Novus Ordo considerando-os como heréticos ou inválidos, fornecendo assim muita munição para os padres e bispos progressistas rejeitarem e atacarem (ainda que seja imoral e desonesto) coisas tão santas e agradáveis a Deus a pretexto de combaterem os “abusos”…

Por essa razão os membros dessas seitas devem ser identificados e expurgados de todos os grupos verdadeiramente católicos, pois não estão ali para aprender ou compartilhar a fé da Igreja como a Igreja o entende, mas para promover suas teses, ganharem adeptos e causarem confusão e divisão diabólicas;

11- Os membros de seitas tradicionalistas são hoje um dos principais obstáculos para um retorno mais forte à Tradição, pois põe abaixo o princípio da unidade, bem como do respeito a autoridade estabelecida.

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E quando falo aqui sobre respeito, unidade e obediência, me refiro a forma como a Igreja o entende, ou seja, devemos seguir e obedecer as autoridades desde que estas estejam mandando conforme a Igreja; pois não se deve seguir ou obedecer uma autoridade naquilo que esta não esteja de acordo com a doutrina de sempre ensinada pelo Magistério da Igreja ou quando manda algo que não seja de sua competência… Mas, se a autoridade manda conforme a Igreja, então devemos obedecer.

Os membros das seitas não reconhecem, nem obedecem ao Magistério da Igreja.

12- Quem são os membros das seitas a que me refiro? Onde estão ou quais os nomes de seus grupos?

São todos aqueles que se enquadram no que acima foi descrito, independentemente de grupos ou movimentos.

Templário de Maria

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