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Santo do Dia

São Casimiro – 04 de Março

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SANTO DO DIA – 04 DE MARÇO – SÃO CASIMIRO
Príncipe polonês (1458-1484)

Casimiro nasceu na Croácia no dia 03 de outubro de 1458 e era o décimo terceiro filho do rei da Polônia, Casimiro IV, e da rainha Elisabete d’Asburgo. Ele poderia muito bem colocar sobre a cabeça uma coroa e reinar sobre um território, como todos os seus doze irmãos o fizeram. Porém, apesar de possuir os títulos de príncipe da Polônia e grão-duque da Lituânia, não seguiu esse caminho. Desde pequeno abriu mão do luxo da corte, suas ricas festas e todas as facilidades que a nobreza proporcionava. Fez voto de castidade e vivia na simplicidade do seu quarto, que transformou numa cela como a de um eremita, dedicando-se à oração, disciplina, penitência e solidão.

Quando os húngaros se rebelaram contra o seu rei, Mateus Corvino, e ofereceram ao jovem príncipe Casimiro, então com treze anos, a coroa, ele a renunciou tão logo soube que seu pai havia se declarado contra a deposição daquele rei e a imposição pela força de outro, no caso ele. O príncipe tinha de fato apenas uma ambição, se é que assim pode ser chamada, dedicar-se ao ideal da vida monástica.

Entretanto não fugia dos deveres políticos, tendo ajudado o pai nos negócios do reino desde os dezessete anos, principalmente nos problemas referentes à Lituânia, onde era muito querido pelo povo. Com a conversão do rei da Hungria que abdicou para entrar num mosteiro, o rei Casimiro IV, seu pai, herdou esses domínios que incluíam além da Hungria a Prússia. Porém, isso também não entusiasmou o jovem príncipe a se coroar. Desde a infância levava uma vida ascética, muito humilde, jejuando continuamente e dormindo no chão, por isso sua saúde nunca foi perfeita.

São Casimiro - (04/03)

Dessa forma, o jovem príncipe acabou contraindo a tuberculose. Mesmo assim seu pai lhe confiou a regência do reino, por um breve período. O rei desejando ampliar ainda mais os domínios do já imenso império, pretendia firmar um contrato de matrimônio para o filho com a bela e rica herdeira de Frederico III, cujas fronteiras passariam a ser o mar Báltico e o mar Negro, realizando seu velho sonho. Por isso, precisava se ausentar, pois queria tratar pessoalmente de tão delicado assunto.

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Casimiro, como príncipe regente, não se furtou às obrigações junto ao seu amado povo. Cumpriu a função com inteligente política, todavia sem se deixar seduzir pelo poder. Depois, o rei teve de se conformar, porque Casimiro preferiu o celibato e o tratado do matrimônio foi desfeito. Ele preferiu ser lembrado por ficar entre os pobres de espírito, entre aqueles que receberam o reino de Deus, do que ser recordado entre os homens famosos e poderosos que governaram o mundo.

Morreu aos vinte e cinco anos de idade e foi sepultado em Vilnius, capital da Lituânia, em 04 de março de 1484. Logo passou a ser venerado por todo o povo polonês, lituano, húngaro, russo. Seu culto acabou sendo introduzido na Europa ocidental através dos peregrinos que visitavam sua sepultura. Menos de quarenta anos após sua morte já era canonizado pelo Papa Leão X. São Casimiro foi declarado padroeiro da Lituânia e da juventude lituana; também da Polônia, onde até hoje é considerado um símbolo para os cristãos, que o veneram como o protetor dos pobres.

Conheça mais sobre São Casimiro

São Casimiro, príncipe da Polônia, foi o terceiro dos treze filhos que Casemiro III, rei da Polônia, teve de Isabel da Áustria, filha do imperador Alberto II. Veio ao mundo em 5 de Outubro de 1458 e demonstrou, desde a infância, muita inclinação para a virtude.

Teve por preceptor João Dlugosz, denominado Longino, cônego de Cracóvia e historiador da Polônia, homem que juntava rara piedade a grande extensão de conhecimentos e que recusou, por humildade, vários bispados que seu mérito extraordinário fizera lhe fossem oferecidos. Casemiro e os outros príncipes, seus irmãos, lhe eram tão ternamente afeiçoados que não podiam tolerar que os separassem dele um momento; mas nosso santo foi aquele que mais aproveitou as lições de tão hábil mestre.

Viram-no, na flor da idade, entregar-se com ardor aos exercícios da piedade e às práticas da mortificação. Tinha profundo horror pelo luxo e pela ociosidade reinantes na corte dos reis; trazia um cilício debaixo das vestes, que eram sempre muito simples; muitas vezes, deitava-se no chão nu e passava grande parte da noite a orar e meditar.

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A paixão de Jesus Cristo era o assunto mais costumeiro de suas meditações. Saía frequentemente à noite para ir rezar à porta das igrejas, onde esperava se abrissem para assistir às matinas.

Espírito e coração continuamente unidos a Deus, a paz interior de sua alma se manifestava a toda a gente pela serenidade do rosto. Cheio de respeito por tudo o que concernia ao culto divino, as mais freqüentes cerimônias da igreja lhe interessavam a piedade.

Uma coisa se lhe tornava cara a partir do momento em que a glória de Deus fosse dela objeto. Tinha particular devoção a Jesus que sofreu e jamais pensava no mistério de nossa redenção sem desfazer-se em lágrimas e sentir-se abrasado de amor. Quanto ao santo sacrifício da missa, a ele assistia com tanto fervor e recolhimento que parecia maravilhado em êxtase. Para marcar a confiança que possuía da Santa Virgem, compôs, ou ao menos recitava frequentemente, em sua honra, o hino que traz seu nome e, ao morrer, quis que uma cópia lhe fosse posta no túmulo. Amava ternamente os pobres que lhe sentia de certo modo as misérias. Não contente de lhes distribuir os bens, empregava ainda, para aliviá-los, tudo o que possuía de crédito junto a seu pai e seu irmão Uladislau, rei da Boêmia.

Os húngaros, descontentes com Matias, seu rei, quiseram elevar nosso santo ao trono, em 1471; enviaram para esse fim uma deputação ao rei da Polônia, seu pai. O jovem Casemiro, que não tinha ainda treze anos completos, desejaria bem recusar a coroa que lhe ofereceram; mas para agradar ao pai, partiu à testa de um exército, a fim de sustentar o direito de sua eleição.

Tendo chegado às fronteiras da Hungria, soube que Matias acabava de reunir dezesseis mil homens para ir à frente dos poloneses e que tornara a conquistar o coração dos súditos. Soube também, que o Papa Sisto IV se declarar pelo rei destronado e enviara uma embaixada a seu pai para fazê-lo abandonar a empresa.

Todas essas circunstâncias reunidas deram secreta alegria ao jovem príncipe. Pediu ao pai que voltasse sobre os próprios passos, o que só com muita dificuldade lhe foi concedido; mas, para não aumentar o desgosto que o pai sentia por ter visto malograr seus desígnios, evitou a princípio aparecer em sua presença; em lugar de ir direto a Cracóvia, retirou-se ao castelo de Dobzski, que fica a uma légua, e lá passou três meses na prática de austera penitência. Tendo reconhecido, em seguida, a injustiça da expedição que o tinham forçado a empreender contra o rei da Hungria, recusou constantemente render-se a segundo convite que lhe fizeram os húngaros, e isso malgrado as solicitações e ordens reiteradas do pai.

Casemiro empregou os doze últimos anos de vida em consumar a obra de sua santificação. Viveu na maior continência, malgrado as razões prementes que se alegavam para levá-lo ao casamento.

Morreu de tísica em Vilna, capital da Lituânia, a 4 de Março de 1483, com a idade de vinte e quatro anos e cinco meses. Predissera a morte antes que ela chegasse e para isso estava preparado por um redobramento de fervor e pela recepção dos sacramentos da Igreja. Foi enterrado na igreja de Santo Estanislau, Operou-se grande número de milagres por sua intercessão.

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O Papa Leão X canonizou-o no ano 1522. Cento e vinte anos após sua morte, encontraram-lhe o corpo sem corrupção. Os ricos tecidos com os quais o tinham envolvido, foram também achados inteiros, malgrado a excessiva umidade do jazigo onde fora enterrado. Mandaram construir uma capela magnífica de mármora para nela serem depositadas suas relíquias.

São Casemiro é patrono da Polônia, e o propõem comumente aos jovens como perfeito modelo de pureza. (1)

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