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Festas de Nossa Senhora

Solenidade Santa Maria, Mãe de Deus – 01 de Janeiro

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A maternidade de Maria resplandece com tão virginal fulgor, que todas as virgens, diante dEla, são como se não o fossem. Somente Ela é a imaculada, a Virgem entre as virgens, a única que perfuma e torna perfeita a castidade de todas.

O título “Théotokos” (Mãe de Deus) foi dado à Maria durante o Concílio de Éfeso (431), na Ásia Menor. A heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito anterior aos protestantes. Ela nasceu com Nestório, então Bispo de Constantinopla. Os protestantes retomaram esta heresia já sepultada pela Igreja de Cristo. Este é um problema de Cristologia e não de Mariologia. Vamos demonstrar através dos exemplos abaixo a autenticidade da doutrina católica.

“Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?”

(Lc 1,43)

Assista a Homilia do Padre Fernando onde ele explica sobre o dogma da Grande Mãe de Deus e o combate às Heresias…

O Dogma da Santa Mãe de Deus e o Combate às Heresias

No primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é “a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor”. Ela tem o direito de chamá-lo “Filho”, e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!

Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido.

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Num certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela solenidade da Anunciação, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém.

Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o Céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente “racionalismo espiritualista”, como registram alguns autores.

O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece: “Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto”. Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.” (Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos.

Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal.

A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, Nosso Senhor Jesus Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia de nossa Mãe, Maria Santíssima. Nos tempos sofridos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança!

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A predestinação de Maria a maternidade divina

A predestinação com que a Santíssima Virgem foi eleita é especial, única entre todas, não somente pelo grau, mas pelo gênero. Se Maria é, na verdade, a primeira criatura predestinada com a mais perfeita imagem de seu Filho, é, além disso e a outro título, a única predestinada em qualidade de Mãe sua.

Para demonstrar a afirmação de que desde toda a eternidade Deus predestinou a Santíssima Virgem Maria para ser a Mãe do Verbo encarnado, o insigne dominicano Fr. Royo Marín evoca a pura voz da infabilidade pontifícia:

“Na Bula Ineffabilis Deus, com a que Pio IX definiu o dogma da Imaculada Conceição, leêm-se expressamente estas palavras: “Elegeu e assinalou (Deus), desde o princípio e antes dos tempos, para seu Unigênito uma Mãe, na qual Ele se encarnaria, e da qual, depois, na ditosa plenitude dos tempos, nasceria; e em tal grau A amou acima de todas as criaturas, que somente nEla se comprouve com singularíssima benevolência.”

Nada sucede, nem pode suceder no tempo que não tenha sido previsto ou predestinado por Deus desde toda a eternidade. Logo, se a Virgem Maria é, de fato, a Mãe do Verbo encarnado, claro está que foi predestinada para isso desde toda a eternidade. É uma verdade tão límpida e evidente que não necessita demonstração alguma.

A maternidade divina de Maria

Todos os títulos e grandezas de Maria dependem do fato colossal de sua maternidade divina. Maria é imaculada, cheia de graça, Co-redentora da humanidade, Rainha dos Céus e da Terra e Medianeira universal de todas as graças, etc., porque é a Mãe de Deus. A maternidade divina A coloca a tal altura, tão acima de todas as criaturas que São Tomás de Aquino, tão sóbrio e discreto em suas apreciações, não hesita em qualificar sua dignidade como sendo de certo modo infinita. E seu grande comentarista, o Cardeal Caietano, diz que Maria, por sua maternidade divina, alcança os limites da divindade. Entre todas as criaturas, é Maria, sem dúvida alguma, a que tem maior afinidade com Deus.

Assim, no dizer de outro eminente mariólogo “o dogma mais importante da Virgem Maria é sua maternidade divina”. É o primeiro alicerce sobre o qual se levanta o edifício da grandeza mariana. É este um fato que excede de tal modo a força cognoscitiva do homem que deve ser enumerado entre os maiores mistérios de nossa fé.

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Que uma humilde mulher, descendente de Adão como nós, se torne Mãe de Deus, é um mistério tão sublime de elevação do homem e de condescendência divina, que deixa atônita qualquer inteligência, angélica ou humana, no séculos e na eternidade.

Maria, verdadeira Mãe de Deus

Para que uma mulher possa dizer-se verdadeiramente mãe, é necessário que subministre à sua prole, por via de geração, uma natureza semelhante (ou seja, consubstancial) à sua.

Suposta esta óbvia noção da maternidade, não é tão difícil compreender-se de que modo a Virgem Santíssima possa ser chamada verdadeira Mãe de Cristo, tendo Ela subministrado a Cristo, por via de geração, uma natureza semelhante à sua, ou seja, a natureza humana.

A dificuldade surge, porém, quando se procura compreender de que modo a Virgem Santíssima pode ser chamada verdadeira Mãe de Deus, pois não se vê bem, à primeira vista, de que modo Deus possa ser aqui gerado. Não obstante isso, se se observar atentamente, as duas fórmulas: Mãe de Cristo e Mãe de Deus, se equivalem, pois significam a mesma realidade e são, por isso, perfeitamente sinônimas. Nossa Senhora, com efeito, não é denominada Mãe de Deus no sentido de que houvesse gerado a Divindade (ou seja, a natureza divina do Verbo) e sim no sentido de que gerou, segundo a humanidade, a divina pessoa do verbo.

O sujeito da geração e da filiação não é a natureza, mas a pessoa. Ora, a divina pessoa do Verbo foi unida à natureza humana, subministrada pela Virgem Santíssima, desde o primeiro instante da concepção; de modo que a natureza humana de Cristo não esteve jamais terminada, nem mesmo por um instante, pela personalidade humana, mas sempre subsistiu, desde o primeiro momento de sua existência, na pessoa divina do Verbo. Este e não outro é o verdadeiro conceito da maternidade divina, tal como foi definida pelo Concílio de Éfeso, em 431.

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Em suma, “Maria concebeu realmente e deu à luz segundo a carne à pessoa divina de Cristo (única pessoa que há nEle), e, por conseguinte, é e deve ser chamada com toda propriedade Mãe de Deus.

Não importa que Maria não haja concebido a natureza divina enquanto tal (tampouco as outras mães concebem a alma de seus filhos), já que essa natureza divina subsiste no Verbo eternamente e é, por conseguinte, anterior à existência de Maria. Ela, porém, concebeu uma pessoa – como todas as demais mães -, e como essa pessoa, Jesus, não era humana, mas divina, segue-se logicamente que Maria concebeu segundo a carne a pessoa divina de Cristo, e é, portanto, real e verdadeiramente Mãe de Deus.

O testemunho da Escritura

A Sagrada Escritura nos diz explicitamente que a Virgem Santíssima é verdadeira Mãe de Jesus (Mt, II, 1; Lc. II, 37-48; Jo. II, 1; At. I, 14). Com efeito, Jesus nos é apresentado como concebido pela Virgem (Lc. I, 31) e nascido da Virgem (Lc. II, 7-12). Mas, Jesus é verdadeiro Deus, como resulta do seu próprio e explícito testemunho, pela fé apostólica da Igreja, pelo testemunho de São João, etc. Para se poder negar sua divindade, não há outro caminho senão rasgar todas as páginas do Novo Testamento.

Ora, se Maria é verdadeira Mãe de Jesus e Jesus é verdadeiro Deus, segue-se necessariamente que Maria é verdadeira Mãe de Deus.

São Paulo ensina explicitamente que, “chegada a plenitude dos tempos, Deus mandou seu Filho, feito de uma mulher” (Gal. IV, 4). Por estas palavras, manifesta-se claramente que Aquele que foi gerado ab aeterno pelo Pai é o mesmo que foi, depois, gerado no tempo pela Mãe; mas Aquele que foi gerado ab aeterno pelo Pai é Deus, o Verbo. Portanto, também o que foi gerado no tempo pela Mãe é Deus, o Verbo.

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Ainda mais clara e explícita, em seu vigor sintético, é a expressão de Santa Isabel. Respondendo à saudação que Maria lhe dirigira. Santa Isabel, inspirada pelo Espírito Santo, disse, cheia de admiração: “E como me é dado que a Mãe de meu Senhor venha a mim?” (Lc I, 43).

A expressão meu Senhor é, evidentemente, sinônimo de Deus, pois que, em seguida, Isabel acrescenta: “Cumprir-se-ão em Ti todas as coisas que te foram ditas da parte do Senhor”, ou seja, da parte de Deus. Isabel, portanto, inspirada pelo Espírito Santo, proclamou explicitamente que Maria é verdadeira Mãe de Deus.

A voz da tradição

Toda a tradição cristã, a partir dos tempos apóstolicos, é uma proclamação contínua desta verdade mariológica fundamental. Nos dois primeiros séculos, os Padres ensinaram que Maria concebeu e deu à luz a Deus. No terceiro século, começa o uso do termo que se tornou clássico: Theotokos, ou seja, Mãe de Deus.

No século IV, mesmo antes do Concílio de Éfeso, a expressão Mãe de Deus se tornara tão comum entre os cristãos, que dava nos nervos do Imperador Juliano, o Apóstata, o qual se lamentava de os cristãos não se cansarem nunca de chamar a Maria de Mãe de Deus. João de Antioquia aconselhava a seu amigo Nestório para não insistir demasiado em negar este título, a fim de evitar tumulto do povo. O próprio Alexandre de Hierápolis, cognominado de outro Nestório, reconhecia que a expressão Mãe de Deus estava em uso entre os cristãos desde muito tempo.

A exultação mesma que os fiéis demonstraram, quando a maternidade divina foi definida solenemente como dogma de fé, comprova até à evidência quão profundamente na alma estava radicada essa verdade fundamental na alma daqueles antigos cristãos. Por isso, no sentir do Pe. Terrien, “as definições dos concílios não introduziram um novo dogma, mas foram antes a sanção oficial da fé da Igreja, motivada pelas sacrílegas negações dos inovadores.” (Pequeno Ofício da Imaculada Conceição comentado, Monsenhor João Clá Dias, EP, Artpress, São Paulo,1997, p. 365 à 367).

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Maria é Mãe de Deus, porque é Mãe de Jesus que é Deus

Se perguntarmos a alguém se ele e filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão. O homem como sabemos é composto de corpo, alma e espírito. A minha mãe me deu meu corpo, a parte material deste conjunto trinitário que eu sou; sendo minha alma e espírito dados por Deus. E minha mãe que me deu a luz não é verdadeiramente minha mãe?

Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Nossa Senhora. Há em Nosso Senhor Jesus Cristo duas naturezas: a humana e a divina, constituindo uma só pessoa, a pessoa de Jesus. Nossa Santa Mãe é mãe desta pessoa, dando a ela somente a parte material, como nosso mãe também o faz. O Espírito e Alma de Cristo também vieram de Deus. Nossa mãe não é mãe do nosso corpo, mas mãe de nossa pessoa. Assim também Maria é Mãe de Cristo. Ela não é a Mae da Divindade ou da Trindade, mas é mãe de Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que também é Deus. Sendo Jesus Deus, Maria é Mãe de Deus.

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem. Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Santa Mãe, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano.

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, uma negação ao ensino dos Apóstolos de Cristo.

Provas da Sagrada Escritura

A Igreja Católica sendo a única Igreja Fundada por Cristo, confirmada pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores; sendo Ela a escritora, legitimadora e guardiã da Bíblia, jamais poderia ensinar algo que estivesse contra o Ensino da Bíblia.

Vejamos o que a Sagrada Escritura ensina sobre a Maternidade Divina de Nossa Senhora:

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O profeta Isaías escreveu: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel [Deus conosco]” (Is 7,14). Claramente o profeta declara que o filho da virgem será divino, portanto a maternidade da virgem também é divina, o que a faz ser Mãe de Deus.

O Arcanjo Gabriel disse: “O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). Se ele é filho de Deus, ele tb é Deus e Maria é sua Mãe, portanto Mãe de Deus. Isaías também escreveu o mesmo em Is 7,14.

Cheia do Espírito Santo, Santa Izabel saudou Maria dizendo: “Donde a mim esta dita de que a mãe do meu Senhor venha ter comigo”? (Lc 1,43). E Mãe de meu Senhor quer dizer Mãe do meu Deus, portanto Mãe de Deus..

São Paulo ainda escreveu: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4,4). São Paulo claramente afirma que uma mulher foi a Mãe do filho de Deus, portanto Mãe de Deus.

Tendo a Sagrada Escritura seu berço na Igreja – portanto sendo menor que Ela -, vemos como está de acordo com o ensino da mesma.

Leia também: Dicas para passar o ano inteiro na Graça de Deus

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A Doutrina dos Santos Padres

Será que os Apóstolos de Cristo concordavam com a Maternidade Divina de Nossa Senhora? Pois segundo os protestantes, a Igreja Católica inventou a maternidade divina de Maria no séc V durante o Concílio de Éfeso.

Vejamos o que diz o Apóstolo Santo André: “Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu” (Sto Andreas Apost. in trasitu B. V., apud Amad.).

Veja agora o testemunho de São João Apóstolo: “Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu a luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido a carne humana” (S. João Apost. Ibid).

São Tiago: “Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus” (S. Jac. in Liturgia).

São Dionísio Areopagita: “Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes” (S. Dion. in revel. S. Brigit.).

Orígenes escreveu: “Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe” (Orig. Hom I, in divers. – Sec. II).

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Santo Atanásio diz: “Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta” (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.).

Santo Efrém: “Maria é Mãe de Deus sem culpa” (S. Ephre. in Thren. B.V.).

São Jerônimo: “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus” (S. Jerôn. in Serm. Ass. B.V.).

Santo Agostinho: “Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus” (S. Agost. in orat. ad heres.).

Todos os Santos Padres afirmaram em amor e veneração a maternidade divina por Nossa Senhora. Me cansaria em citar todos os testemunhos primitivos.

Agora uma surpresa para os protestantes. Lutero e Calvino sempre veneraram a Santíssima Virgem. Veja abaixo a testemunho dos pais da Reforma:

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“Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar o suficiente, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade” (Martinho Lutero no comentário do Magnificat – cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista Jesus vive e é o Senhor).

“Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste” (Martinho Lutero – Deutsche Schriften, 14,250).

“Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus” (Calvino – Comm. Sur I’Harm. Evang., 20).

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, é negar a Divindade de Cristo, é negar o ensino dos Apóstolos de Cristo.

O Concílio Ecumênico de Éfeso

Quando o heresiarca Ario divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundi-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho para suplantar o herege Pelágio, e São Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a pertubação e a indignação no Oriente.

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Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por São Cirilo e condenou-a anti-católica, herética.

São Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito.

Leia também:
.: A Santa Escravidão de Amor
.: Os erros mais comuns sobre a Total Consagração à Santíssima Virgem
.: A necessidade e a urgência da propagação da Total Consagração a Santíssima Virgem

Pode-se resumi-la em três pontos:

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Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;

A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Crito, que é Deus;

Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é; denominações, propriedades e ações das duas naturezas em Jesus Cristo, que podem ser atribuídas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.

Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o Concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo.

Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. São Cirilo presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante aos bispos unidos.

Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os bispos colocaram o Santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios.

Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla.

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Quando a multidão ansiosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria Mãe de Deus, num imenso brado ecoou a exclamação: “Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!”

Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”.

Alessandro Lima
Fonte: www.veritatis.com.br

A Mulher, a Serpente e a Profecia

Por que o diabo quis impedir que as pessoas conhecessem o tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem?

O Papa Bento XV classificou o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, escrito por São Luís Maria Grignion de Montfort, como um “livro da mais suave unção”. De fato, todo seu conteúdo é sublime e nos apresenta não apenas uma espiritualidade que eleva e enriquece aqueles que procuram vivenciá-la e que beneficia imensamente o próximo por causa da doação dos méritos, mas também porque nos apresenta de modo claro a estratégia estabelecida por Deus para neutralizar a ação do inimigo e estabelecer no mundo o Reinado de Jesus Cristo.

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Em Gênesis 3, 15 lê-se que o próprio Deus estabeleceu o ódio entre a serpente e a mulher, entre sua descendência e a dela; e fazendo ver que estamos em uma batalha espiritual, antecipa o conhecimento do resultado final dessa guerra entre o bem e o mal, confiando à mulher e à sua descendência a missão de esmagar a cabeça do inimigo, que por sua vez procurará sempre armar-lhe ciladas.

Assista ao Vídeo do Padre Rodrigo Maria:

A Mulher, a Serpente e a Profecia - Padre Rodrigo Maria

O diabo – melhor do que nós – conhecia a profecia e sabia que mais cedo ou mais tarde ela se cumpriria. Com efeito o inimigo sabia que Deus não fez uma mera ameaça, mas uma promessa onde decretava sua derrota.

A mulher é claramente Nossa Senhora, razão pela qual Jesus no alto da cruz, quando nos consagra a Ela, entregando-nos a seus cuidados, não utiliza o termo “mãe” mas “mulher” (Jo 19,26). A palavra“mulher” aqui não é uma palavra de desprezo, ou que denote qualquer frieza para com a Mãe Santíssima, mas sim uma palavra técnica, precisa, muito bem colocada, pela qual Jesus queria nos fazer compreender que a Virgem Maria era a mulher destinada pelo Pai através da qual se cumprirá a profecia (Gen 3,15). Ele, seu único filho segundo a carne, entrega a Ela uma numerosíssima descendência quando na pessoa de João diz: “Mulher eis aí o teu filho”. A Igreja interpretando este gesto do Senhor diz que em João todos fomos entregues à Maria Santíssima, razão pela qual o Papa Paulo VI declarou Maria “Mãe da Igreja”. Ela é a mulher da profecia. Cristo e nós, seus membros, somos sua descendência.

Jesus nos entregou a Maria, dando a Ela a amorosa autoridade de mãe sobre todos, para que Ela nos ensinasse a amá-Lo, levando-nos a fazer tudo o que Ele mandou, e assim nos mantivéssemos em comunhão com Ele e com mais facilidade perseverássemos em sua graça.

O desejo do inimigo é arrastar-nos para o inferno, tentando-nos de todos os modos possíveis para nos desviar do caminho de Deus e renegarmos a sua vontade, perdendo a sua graça e portanto a comunhão com Ele. Jesus nos deu Maria como antídoto contra o inimigo. É Ela que, como boa Mãe nos ajudará a acolher e compreender melhor a vontade de Deus e a rejeitar as tentações do inimigo, levando-nos a esmagar sua cabeça ou seja, a rejeitar suas propostas que nos fariam perder a amizade e a comunhão com Deus.

O povo cristão sempre venerou a Santíssima Virgem e recorreu à sua materna intercessão, mas só pouco a pouco se foi compreendendo seu papel no plano da salvação e como efetivamente Ela contribuiria em nosso processo de santificação e salvação.

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Quando São Luís Maria Grignion de Montfort escreve o Tratado da Verdadeira Devoção mostrando de modo claro e elevado a importância e a necessidade de uma verdadeira devoção para com a Virgem Santíssima para nossa santificação pessoal, para benefício do próximo e cumprimento da profecia, ou seja do plano salvífico de Deus para o homem, o inferno se revolta e satanás mostra todo seu pavor e ódio da consagração ali ensinada, por isto ele reconhece que se o mundo conhecesse a devoção e a consagração do modo como Montfort as apresentavam a profecia se cumpriria, sua cabeça seria esmagada, sua ação neutralizada e seu reino destruído.

Leia também: Campanha de Consagrações – Grupos de Consagração via What’s App

Tal é o pavor que o conteúdo do Tratado impõe ao inferno, que o inimigo em uma atitude ousada, jamais vista na história, tenta destruir o pequeno livro. Não sendo entretanto permitido por Deus tal coisa, ele empreende todo os esforços para escondê-lo, de “modo que não apareça” (T.V.D. 144) e o mundo não o conheça… Em sua sabedoria Deus permite tal ação, de modo que o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem escrito em 1712 desapareceu e só foi reencontrado 130 anos depois, ou seja em 1842, sendo prontamente publicado e posteriormente traduzido em mais de 60 línguas. Deus permitiu que o inimigo escondesse o Tratado por tanto tempo para que assim ficasse manifesto todo o medo que ele tem da consagração ali ensinada e assim compreendêssemos bem com que arma deveríamos derrotá-lo.

75 anos depois que o Tratado da Verdadeira Devoção foi encontrado, em 1917 Nossa Senhora aparece em Fátima e depois de mostrar o inferno aos pastorinhos e muitas almas que aí caíam “por não haver quem rezasse e se sacrificassem por elas” diz: “Para salvar as almas dos pobres pecadores, meu Filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. É Jesus que novamente volta seu olhar para nós e apontando para sua Mãe diz: “Eis aí tua mãe”… Ele quer que se estabeleça no mundo a verdadeira devoção ao Coração da Virgem Imaculada, ou seja aquela devoção e aquela entrega que Ele mesmo quis que tivéssemos para com sua Mãe Santíssima quando no-la deu por Mãe, e a fez Senhora, submetendo a Ela os nossos corações.

Em Fátima nada de novo é dito. Ao manifestar o desejo do coração de seu Filho a Santíssima Virgem simplesmente recorda a todos a profecia do Pai (Gen 3, 15) e a ordem do Filho (Jo 19, 26), que respectivamente lhe confiou a missão de derrotar o inimigo, esmagando-lhe a cabeça e de proteger e educar a descendência que Deus lhe confiou ensinando-a a amá-Lo verdadeiramente.
Em Fátima Nossa Senhora nos faz compreender, que por vontade de Deus, a devoção e a consagração ao Seu Imaculado Coração precedem toda e qualquer devoção, não por ser mais importante, mais por ser uma condição para se fazer e viver bem qualquer devoção ou espiritualidade, sendo assim, aqueles que pela Total Consagração entram na Escola do Imaculado Coração de Maria, aprendem com ela a adorar de modo mais profundo a Jesus no Santíssimo Sacramento, a venerar de maneira mais elevada o Seu Sacratíssimo Coração, a deixar-se conduzir com muita mais docilidade pelo Espírito Santo, a honrar com mais perfeição os anjos e santos de Deus.

Mais… Deus nos faz compreender que nesta batalha espiritual, seu plano para combater o inimigo e estabelecer o reinado de seu Filho no mundo, continua exatamente o mesmo, pois disse Nossa Senhora:“Por fim meu Imaculado Coração triunfará”. O triunfo do Imaculado Coração de Maria consiste tão somente em fazer de Jesus o Senhor de todos os corações. Consiste em acolher todos em Seu coração para ensiná-los a fazer tudo que Jesus mandou. Maria reina em nós quando Jesus é feito Rei de nossos corações.

O inimigo sabe que se todos forem a Maria Santíssima, então aprenderão com Ela a amar a Deus e a rejeitar as seduções do mal, por isso escondeu por tanto tempo o Tratado da Verdadeira Devoção, que nos ensina quem é Nossa Senhora e qual sua missão no processo de nossa santificação e salvação, como devemos nos entregar e consagrar a Ela, para que Ela tenha a liberdade de nos formar na fé e nos consolidar no amor a Jesus Cristo Nosso Senhor.

No diário da Divina Misericórdia de Santa Faustina Kowalska Jesus dizia à santa que da Polônia faria surgir uma centelha, através da qual incendiaria o mundo. Sem dúvida, que essa centelha foi o Beato João Paulo II, que em sua vida e doutrina nos deu a síntese de Montfort e Fátima.

O Beato João Paulo II tornou-se uma centelha que incendiará o mundo, sobretudo no que se refere à sua devoção e consagração à Nossa Senhora. Ele fez perceber pelo seu exemplo e doutrina a importância e o lugar de Nossa Senhora na vida dos cristãos e de toda a Igreja. Colocou a base para uma profunda e extensão divulgação de Total Consagração, uma vez que leu o Tratado e fez a Consagração Total quando era seminarista, adotou como lema de seu pontificado o “Totus Tuus”, resumo de sua total entrega a Mãe de Deus, recomendou a todos que fizessem essa consagração e escrevendo à família Monfortana pediu que não se “deixasse escondido esse tesouro de graça”.

Tomando consciência do plano e da estratégia de Deus para salvar o seu povo e dar cumprimento a profecia, derrotando o inimigo de nossa salvação, compete a nós hoje, nas pegadas de São Luís de Montfort, respondendo ao apelo de Fátima a exemplo do Beato João Paulo II fazer de tudo para conhecer, viver e divulgar a Total Consagração para que venha logo o Triunfo do Imaculado Coração e o Reinado de Jesus Cristo Nosso Senhor.

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O demônio teve grande pavor e ódio do Tratado da Verdadeira Devoção, o que levou-o a escondê-lo por 130 anos, façamos nós o contrário! Trabalhemos para difundí-lo em todo o mundo, levando todos à Escola do Imaculado Coração onde o mundo compreenderá aquilo que não somos capazes de explicar, e entender o que não somos capazes de fazer compreender com palavras. Que todos amem a Jesus com toda a força, com toda alma, com todo coração e com todo entendimento. Que Ele reine no mundo e em nossos corações.

Trabalhemos para que se cumpra a profecia!

Templário de Maria

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